<font color=0093dd>Luta é factor essencial para a alternativa</font>
O Secretário-geral do PCP participou na reunião de quadros de Évora de dia 25, abrindo os trabalhos com uma intervenção onde expôs o essencial das propostas de alteração do Programa do Partido e as teses centrais patentes no projecto de Resolução Política.
No que respeita ao desenvolvimento da luta de massas e à construção da alternativa, correspondente ao capítulo III das Teses/Resolução Política, Jerónimo de Sousa realçou que a «situação do País e o seu contínuo agravamento criaram condições para que amplos sectores, que até agora não tinham participado na luta», a tenham incorporado de forma mais activa. Factor fundamental para o alargamento da luta é, sublinhou o dirigente do PCP, o «reforço da organização e intervenção das organizações e movimentos de massas».
Prosseguindo, Jerónimo de Sousa realçou que o «patamar de resistência, unidade e luta da classe operária e dos trabalhadores é inseparável da intervenção, da acção mobilizadora, da capacidade de organização, reivindicação e direcção da sua central sindical de classe – a CGTP-IN – e do movimento sindical que agrega». Depois de considerar que a classe operária e os trabalhadores foram os sectores que, de forma mais consequente e permanente, se opuseram à política de direita, o Secretário-geral do Partido acrescentou que o seu exemplo foi um «factor impulsionador da luta de outras camadas, sectores e grupos sociais», realçando a importância determinante do reforço das organizações representativas destes sectores e camadas.
Jerónimo de Sousa reafirmou ainda que a derrota do actual rumo que o País segue e a construção de uma alternativa constituem, hoje, um «imperativo inadiável», acrescentando as condições «determinantes e dialecticamente interdependentes para a sua concretização»: o reforço do PCP, com a ampliação decisiva da sua influência política, social e eleitoral; o vigoroso desenvolvimento da luta de massas que conflua para a criação de uma vasta frente social; e a alteração da correlação de forças no plano político favorável a uma ruptura com a política de direita.
Esta alternativa, afirmou ainda o dirigente comunista, reclama a «convergência e cooperação com as forças, sectores e personalidades democráticas que, séria e convictamente, estejam empenhadas nesta mesma ruptura. Ou seja, é fundamental denunciar as responsabilidades do PS ao longo de décadas de política de direita e dar combate às «falsas alternativas» que, anunciando o propósito de «unir a esquerda», mais não fazem do que alimentar ilusões, procurar conter o descontentamento popular e criar dificuldades ao alargamento da influência e prestígio do PCP.